No prato, não podem faltar os vegetais para compor a refeição. Mas até eles demandam moderação. Se há exageros em busca de uma alimentação saudável, há o risco de existência de um transtorno alimentar pouco divulgado, mas que vem preocupando os especialistas: a ortorexia. Diferentemente de distúrbios mais conhecidos, como anorexia e a bulimia, a ortorexia vem à tona acometendo um público diversificado: tantos homens, quanto mulheres. Um público que transforma a importância em manter uma alimentação saudável em obsessão.
Homens que não comem corantes, conservantes, gorduras trans, agrotóxicos e sal podem estar na linha de risco. Contar calorias e ler o rótulo de tudo o que vai ser ingerido também são indícios de que os hábitos alimentares podem estar fora de controle. A ortorexia também é caracterizada pela obsessão em saber a origem dos alimentos, como foram plantados, colhidos ou criados, além dos processos até a chegada aos supermercados.
Normalmente, quando a pessoa não sabe a origem (do produto), deixa de comê-lo. Pode haver, inclusive, a curiosidade em saber o sexo do animal que foi servido. A resposta influenciará na recusa da comida. O processamento dos ingredientes também pode ser decisivo. Há ortoréxicos que só ingerem alimentos se tiverem informações detalhadas sobre todo esse procedimento.
Com o passar do tempo, as opções vão ficando mais restritas e o funcionamento do organismo, comprometido. Segundo Maria Del Rosario, diretora científica do Departamento de Transtornos do Comportamento Alimentar da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), pessoas com ortorexia excluem geralmente grupos como carnes, laticínios, gorduras e carboidratos sem fazer a substituição adequada. “Isso leva a quadros de carências nutricionais e/ou a um de distúrbio da conduta alimentar”, alerta.
Anemia e osteoporose são as consequências em um prazo um pouco mais longo, evidenciadas e potencializadas pela perda de peso acentuada. Há grande necessidade no corpo de vitaminas e minerais, principalmente o ferro e o cálcio. Sem eles, existe um comprometimento da saúde do indivíduo.
Isolamento
As relações sociais também são prejudicadas. Reuniões familiares e jantares fora de casa, por exemplo, se tornam um problema para os anoréxicos. Nele, há um risco maior de “quebrar as regras”.Há um isolamento social porque o fascínio pela dieta saudável acaba tomando conta da vida da pessoa, que acredita estar fazendo as escolhas certas.
Na prática clínica, os pacientes com ortorexia atendidos nos consultórios ambulatoriais são encaminhados pelos familiares, principalmente as mães, que acreditam ter algo errado na alimentação dos filhos. Normalmente, é feito um histórico alimentar do paciente a fim de identificar as carências nutricionais.
Também é observada se há a presença de unhas quebradiças e queda de cabelo. A investigação laboratorial identifica os problemas que a má alimentação trouxe ao organismo para que sejam recomendadas a suplementação e adequação da dieta. Em casos mais complexos, pode ser preciso o encaminhamento ao psicólogo e/ou ao psiquiatra.
O psiquiatra Tákis Cordás, da Universidade de São Paulo (USP), afirma que não existe uma única etiologia responsável pelos transtornos alimentares. Acredita-se no modelo multifatorial, com participação de componentes biológicos, genéticos, psicológicos, socioculturais e familiares.
Para evitar o transtorno alimentar, recomendo bom senso na ingestão de frutas, vegetais e alimentos integrais. Primeiramente, a pessoa tem que entender que a alimentação saudável não é se restringir a certos grupos de alimentos. Deve ser balanceada e ter os nutrientes necessários para a saúde. Cabe a visita a um especialista, que tem o papel de esclarecer quais as comidas que compõem uma refeição benéfica.
Mais comum em atletas e artistas
A ortorexia ainda não faz parte do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Não existem dados sobre prevalência desse distúrbio, mas acredita-se que atletas, esportistas, artistas e médicos são os mais comprometidos com o problema. O termo ortorexia foi usado pela primeira vez pelo médico americano Steven Bratman. Após observar episódios constantes de pessoas com o problema, ele lançou, em 2001, o livro Health food junkies (Viciados em comida saudável, em tradução livre).
Homens que não comem corantes, conservantes, gorduras trans, agrotóxicos e sal podem estar na linha de risco. Contar calorias e ler o rótulo de tudo o que vai ser ingerido também são indícios de que os hábitos alimentares podem estar fora de controle. A ortorexia também é caracterizada pela obsessão em saber a origem dos alimentos, como foram plantados, colhidos ou criados, além dos processos até a chegada aos supermercados.
Normalmente, quando a pessoa não sabe a origem (do produto), deixa de comê-lo. Pode haver, inclusive, a curiosidade em saber o sexo do animal que foi servido. A resposta influenciará na recusa da comida. O processamento dos ingredientes também pode ser decisivo. Há ortoréxicos que só ingerem alimentos se tiverem informações detalhadas sobre todo esse procedimento.
Com o passar do tempo, as opções vão ficando mais restritas e o funcionamento do organismo, comprometido. Segundo Maria Del Rosario, diretora científica do Departamento de Transtornos do Comportamento Alimentar da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), pessoas com ortorexia excluem geralmente grupos como carnes, laticínios, gorduras e carboidratos sem fazer a substituição adequada. “Isso leva a quadros de carências nutricionais e/ou a um de distúrbio da conduta alimentar”, alerta.
Anemia e osteoporose são as consequências em um prazo um pouco mais longo, evidenciadas e potencializadas pela perda de peso acentuada. Há grande necessidade no corpo de vitaminas e minerais, principalmente o ferro e o cálcio. Sem eles, existe um comprometimento da saúde do indivíduo.
Isolamento
As relações sociais também são prejudicadas. Reuniões familiares e jantares fora de casa, por exemplo, se tornam um problema para os anoréxicos. Nele, há um risco maior de “quebrar as regras”.Há um isolamento social porque o fascínio pela dieta saudável acaba tomando conta da vida da pessoa, que acredita estar fazendo as escolhas certas.
Na prática clínica, os pacientes com ortorexia atendidos nos consultórios ambulatoriais são encaminhados pelos familiares, principalmente as mães, que acreditam ter algo errado na alimentação dos filhos. Normalmente, é feito um histórico alimentar do paciente a fim de identificar as carências nutricionais.
Também é observada se há a presença de unhas quebradiças e queda de cabelo. A investigação laboratorial identifica os problemas que a má alimentação trouxe ao organismo para que sejam recomendadas a suplementação e adequação da dieta. Em casos mais complexos, pode ser preciso o encaminhamento ao psicólogo e/ou ao psiquiatra.
O psiquiatra Tákis Cordás, da Universidade de São Paulo (USP), afirma que não existe uma única etiologia responsável pelos transtornos alimentares. Acredita-se no modelo multifatorial, com participação de componentes biológicos, genéticos, psicológicos, socioculturais e familiares.
Para evitar o transtorno alimentar, recomendo bom senso na ingestão de frutas, vegetais e alimentos integrais. Primeiramente, a pessoa tem que entender que a alimentação saudável não é se restringir a certos grupos de alimentos. Deve ser balanceada e ter os nutrientes necessários para a saúde. Cabe a visita a um especialista, que tem o papel de esclarecer quais as comidas que compõem uma refeição benéfica.
Mais comum em atletas e artistas
A ortorexia ainda não faz parte do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Não existem dados sobre prevalência desse distúrbio, mas acredita-se que atletas, esportistas, artistas e médicos são os mais comprometidos com o problema. O termo ortorexia foi usado pela primeira vez pelo médico americano Steven Bratman. Após observar episódios constantes de pessoas com o problema, ele lançou, em 2001, o livro Health food junkies (Viciados em comida saudável, em tradução livre).
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