Merenda escolar: dura realidade brasileira!

Pessoal!
Demoro muito para me manisfestar em relação ao que vejo acontecendo com as crianças em nosso país pois infelizmente me sinto longe do "poder mudar"...mas, estou MUITO preocupada com a dita MERENDA ESCOLAR.
Colegas de profissão, responsáveis pela alimentação/nutrição dos pequenos, fica meu APELO!
Mudem a estratégia!
Não são só as crianças que estão sendo vítimas dos bolos, pastéis, bolinhos, leite com biscoitos, arroz e feijão cedo da manhã e...como se não bastasse, mais uma comidinha antes de irem para casa, no fim do dia!!!
ALÔ! Será que estou cega e louca ou realmente as crianças e, muitas de suas professoras também, estão mais obesas do que desnutridas?
É impossível manter a mesma política de merenda escolar para sul, sudeste, norte e nordeste neste país!
O RS é o país com maior índice de sobrepeso do Brasil!
Já há alguns anos fiz uma pesquisa para avaliar o estado nutricional das crianças de 0 a 5 anos da rede municipal  de ensino da nossa cidade e, na época, os resultados foram assustadores!! Me lembro até hoje a "carinha" das únicas 2 crianças que apresentaram um grau leve de desnutrição. Obesos? Só 13%...(pelo menos neste índice nos parecíamos com os americanos!) Alguém deu bola? NÃO!

Atendendo professoras e alunos das escolas municipais, fico boquiaberta com a quantidade de lanches e comida oferecida ao longo do dia. Sem contar a qualidade...(!?)

Segue estudo feito na Noruega. Bom estudo, feito com longos anos de acompanhamento.
Em resumo, fizeram um programa de lanches com mais frutas e vegetais...SIMPLES! A redução na frequência do consumo de lanches não saudáveis caiu drasticamente....
DIFÍCIL?


Ainda não saiu o estudo na íntegra gratuito, mas o resumo está ai!

Introduction of a school fruit program is associated with reduced frequency of consumption of unhealthy snacks¹,²,³

1. Nina Cecilie Øverby, 
2. Knut-Inge Klepp, and 
3. Elling Bere

• ↵2 Supported by the Norwegian Research Council (both the 2001 and 2008 studies).
• ↵3 Address correspondence to NC Øverby, University of Agder, Faculty of Health and Sport, Servicebox 422, 4604 Kristiansand, Norway. E-mail: nina.c.overby@uia.no.

Abstract

Background: A diet high in fruit and vegetables (FV) is inversely related to chronic diseases, and some studies suggest that increasing the intake of FV reduces the intake of unhealthy snacks.

Objectives: The objectives were to analyze changes in the frequency of consumption of unhealthy snacks (soda, candy, and potato chips) from 2001 to 2008 in Norwegian children, to assess whether being part of a school fruit program reduces the frequency of unhealthy snack consumption, and to explore differences in sex and socioeconomic status.

Design: Within the project Fruits and Vegetables Make the Marks, 1488 sixth- and seventh-grade pupils from 27 Norwegian elementary schools completed a questionnaire in 2001, and 1339 sixth- and seventh-grade pupils from the same schools completed the same questionnaire in 2008. In 2001, none of the schools had any organized school fruit program. In 2008, 15 schools participated in a program and 12 did not participate in any program.

Results: From 2001 to 2008, the frequency of unhealthy snack consumption decreased from 6.9 to 4.6 times/wk (P < 0.001). The decrease was largest in the schools that had been included in the national free school fruit program (−2.8 times/wk). The effect of the school fruit programs was significant in reducing the frequency of unhealthy snack consumption in children of parents without higher education (from 7.8 to 4.0 times/wk; P = 0.004).

Conclusions: The frequency of unhealthy snack consumption decreased from 2001 to 2008 in schoolchildren in Norway. The decrease was most evident among children at schools participating in the national free school fruit program and in children with a low socioeconomic status.